“Você é o que você come, então não seja rápido, barato, fácil ou falso.”

Quando iniciei minha jornada dentro da gastronomia, não sabia bem ao certo o porquê. Minha principal fagulha era a lembrança de infância dos momentos mais incríveis que posso apontar. Um ritual de amor entre as pessoas que eu mais me importava. Os quais, eu tentava recriar entre meus amigos e cônjuges.
Cada vez mais que adentrava nesse mundo, mais minha incomodação crescia. A gastronomia, hoje, está totalmente corrompida. Nas casas, nos restaurantes, no comércio, na produção.
Uma pessoa de classe média quando “faz” gastronomia, é elitizada, virá “chef” e abre um bistrô. Dentro dos restaurantes e das grandes empresas de produção de insumos, escravizados, ficam doente e não são aprovadas pelo INSS para se aposentar por invalidez, somente por tempo em carteira.
A relação entre a energia e o alimento que ingerimos, ficou claríssima para mim.
Desde que entramos na era “moderna”, em que “o tempo é dinheiro”, e o progresso industrial alcançou a produção dos alimentos para otimizar os resultados. A cozinha de casa virou lugar de choque térmico, do freezer para o micro-ondas.
A alquimia de cozinhar foi se perdendo. Quem sabe cozinhar, virou sábio.
Dentro de uma escola de gastronomia, o conhecimento não é passado. A informação é dada, mas quem quer concorrência, não é mesmo?
Aumentando cada vez mais esse bloqueio mental do cozinhar.
O mito da mão do cozinheiro.
A culinária é uma alquimia. Ciência e coração.
Se você tem um corpo, uma mente e um coração, já pode cozinhar!
Difícil, né?
Prontos para desmitificar?